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sábado, 16 de junho de 2018

POR QUE DEVEMOS REALIZAR A TROCA DO FLUIDO DE FREIO? SAIBA TUDO AGORA!

POR QUE DEVEMOS REALIZAR A TROCA DO FLUIDO DE FREIO? SAIBA TUDO AGORA!

O freio é um dos principais itens de segurança do veículo, e o seu sistema é formado por diversos componentes que muitas vezes acabam passando despercebido pelo motorista, e um deles é o fluido.
A troca e até mesmo a verificação do seu nível não costuma estar entre os itens olhados quando se abre o capô do veículo. Porém ele é um dos itens essenciais para o sistema, sendo o responsável por transmitir a força gerado no pedal para as rodas, e caso o fluido esteja abaixo do nível mínimo ou até mesmo fora do prazo de validade, isto pode acarretar em falhas do sistema trazendo grandes riscos.

O SISTEMA DE FREIOS

Para que fique mais claro a necessidade do fluido no sistema e como ele age, vamos explicar todo o sistema de freio e os componentes que o constituem.
O primeiro componente do sistema, podemos citar o pedal, como o mecanismo acionador, e em seguida temos o servofreio, o qual recebe o movimento produzido pelo pedal através de uma haste. O papel do servofreio é auxiliar na redução da força necessária para o acionamento dos freios, ou seja, ele faz com que o pedal do freio fique mais leve. Abaixo temos uma foto de um servofreio muito comum nos veículos.
servofreio
O Servofreio pode ser de diversos tipos, sendo o mais comum o do tipo pneumático. Ele utiliza da diferença de pressão entre duas câmaras para proporcionar a “leveza” no pedal. Neste tipo uma das câmaras é ligada ao coletor de admissão do veículo, o qual é o componente que canaliza o ar para dentro do motor em altas pressoes,  com isso o ar então é pressurizado, e outra ligando ao braço de acionamento do pedal, auxiliando na força.

servofreio pneumático
Logo após o servofreio vem o Cilindro Mestre, componente o qual recebe o movimento produzido pelo pedal e servofreio. O cilindro mestre é o componente responsável por pressurizar o sistema através de pistões que são acionados pela haste do pedal. Junto a ele possui um reservatório, onde é contido o fluido de freio, que como já citado é responsável por levar a pressão do pedal até componentes nas rodas.
cilindro mestre com reservatório
O fluido então é ligado a cada uma das rodas por tubos, podendo ser metálicos ou emborrachados, chamados flexíveis. Os pistões do cilindro mestre atuam como um êmbolo de uma seringa, pressionando o fluido contido nos flexíveis até que a pressão chegue aos componentes das rodas. Nas rodas os sistemas de freio podem ser a disco ou tambor, onde geralmente encontramos nos veículos populares sistemas a disco nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras. Nas rodas dianteiras, o fluido então é levado a pinça, onde fica alojada a pastilha de freio. Nesse sistema quando acionamos o freio, o fluido é então pressurizado empurrando os pistões das pinças, que por sua vez pressionam as pastilhas contra o disco, freando o veículo.
LEGENDA:
caliper unit = pinça de freio
screw = parafuso de sangria
piston housing = alojamento pistão
brake pads = pastilhas de freio
brake hose connection = entrada do flexivel
hub = cubo da roda
Nas rodas traseiras, quando se existe o tambor, o fluido então encontra o cilindro de roda, que é responsável por pressionar as sapatas contra o tambor, que são equivalentes a pastilha e o disco. O cilindro de roda também possui dois pistões que são movimentados pela pressão do fluido.
Diagrama Freio a Tambor
Como se pode perceber, sem a presença do fluido fica impossível o acionamento do freio, e por isso a importância de se manter sempre o nível e a validade em dia. O fluido de freio, diferente dos outros como do sistema de arrefecimento e óleo lubrificante, só apresentará redução em seu nível em caso de vazamentos, por isso fique atento ao verificar o nível, se estiver baixo complete e procure uma assistência mais próxima.
Geralmente os vazamentos ocorrem em cilindros de roda ou conexões dos flexíveis por ressecamento ou impactos.

PROPRIEDADES DOS FLUIDOS DE FREIO

Agora vamos falar sobre algumas propriedades do fluido de freio que fazem com que se torne necessário a sua troca. O fluido de freio como todos presentes dentro do sistema mecânico do veículo esta sujeito a contaminação pelo contato com o meio e desgaste natural dos componentes do sistema, porém ele possui uma propriedade que é a de maior importância que pode ocasionar falha no momento da frenagem, é a propriedade chamada “higroscopicidade”, que é a sua capacidade natural de absorver a umidade presente no ar.
Como dito, o fluido trabalha sobre altas pressões no momento em que se é acionado o freio, com este aumento da pressão após o deslocamento do pistão do cilindro mestre, causa também o aumento de temperatura do fluido, assim como também o fluido recebe o calor que é gerado pelo atrito entra a pastilha e o disco, ou a lona e o tambor, que assim é transferido ao fluido. Devido a estas condições de trabalho, é importante que o fluido esteja livre de contaminantes, principalmente pela água.
O Fluido de freio possui um ponto de ebulição muito superior ao da agua, ou seja, necessita de maior temperatura para que ele ferva, e para que seja realizado o acionamento correto dos pistões de freio ou do cilindro de roda, é necessário que ele esteja no estado liquido e livre de bolhas de ar. Por isso quando o fluido se encontra com um alto grau de contaminação por umidade, no momento em que é pressurizado principalmente por um longo período, ele tende a aquecer e atingir uma temperatura a ponto que a água presente no fluido entre em ebulição, causando bolhas de ar e assim inutilizando os freios pelo não acionamento dos pistões.
Para poder compreender melhor vamos apresentar os tipos de fluido de freio e seus respectivos pontos de ebulição, assim como o da água para mostrar como é importante ter um fluido livre de umidade.
Os fluidos possuem diferentes especificações, indicadas para cada tipo de veículo, como por exemplo, um veículo popular 1.0 possui aplicação do DOT3 em seu sistema de freio, e um sedã de luxo 2.0 utiliza o DOT4. Porém para maior eficácia do sistema, e melhoria do sistema, nada impede que o dono do veículo popular utilize um DOT4, assim como o sedã de luxo utilize um DOT 5.1. Este tipo de aplicação é permitido, mas nunca o inverso, sendo colocado um de menor graduação. Portanto se seu veículo tem como especificado o uso do DOT4, utilize sempre ele ou superior.
Um dos principais sintomas que apresenta um fluido com contaminação de agua, é o pedal de freio baixo quando acionado por um longo período. A presença de ar no sistema também faz com que o pedal fique mais baixo, sendo necessário pisar mais fundo para que seja acionado os freios.
Portanto se seu veículo esta apresentando isto, é provável que o fluido de freio esteja contaminado ou com presença de ar no sistema.
Podemos presenciar estas situações em momentos como descidas de serra, onde por longos trechos o motorista mantem pressionado o freio, com isso, vemos um pouco de fumaça saindo das rodas, devido ao fluido estar por fervendo pela alta temperatura. Isto ainda é mais comum em principalmente para os motoristas que tem VEÍCULOS AUTOMÁTICOS, onde tem o uso do freio mais constante que os veículos Manuais que utilizam como auxilio o freio motor.
DICA – Se você tem veículo automático, e esta em uma situação similar a descida de serra, para que possa auxiliar sempre na frenagem do veículo e para que não haja o superaquecimento dos freios, utilize sempre os limitadores de marcha, indicados muitas vezes pelos números 3, 2, 1 ou L, que respectivamente limitam a mudança de marcha do veículo para o numero indicado, assim faz com que o veículo não desça como se estivesse com a embreagem acionada e em marcha lenta. Além de você estar auxiliando na frenagem do veículo, economizando freios, estará também economizando combustível, onde nesta situação, veículos que possuem injeção eletronica realizam o corte de combustível, fazendo com que o motor do veículo rode apenas com o movimento produzidos pelas rodas durante a descida. Isto vale também para veículos manuais, portanto não coloque na “banguela”.

O DIAGNÓSTICO

Na CAR UP você consegue realizar gratuitamente o teste de contaminação do fluido, o qual é muito simples e rápido. O teste é realizado utilizando uma caneta teste que identifica a porcentagem de umidade presente no fluido, basta apenas retirar a tampa do reservatório, retirar a peneira e colocar os contatos da caneta teste dentro do fluido, e imediatamente ela apresentará o resultado.
A caneta apresenta varios niveis de contaminação, onde o primeiro indicado pela luz VERDE mostra que o fluido está livre de contaminantes, ou que está abaixo de 1%, portanto está novo e sem a necessidade de troca.
Pela cor LARANJA a caneta indica a porcentagem aceitável de contaminação, entre 1% até 2%. Este nível de contaminação já indica para o motorista que o fluido esta próximo da necessidade de troca, ou então para uma manutenção preventiva.
Para um nível de contaminação acima de 3%, a caneta apresenta a cor VERMELHA, indicando a necessidade de troca imediata. Neste grau de contaminação, o fluido já pode apresentar falhas.

O PROCESSO DE TROCA DO FLUIDO

Para a realização da troca do fluido de freio, é utilizado uma maquina especifica que realiza esta sangria de todo o sistema, eliminando o fluido velho e adicionando o fluido novo.
Abaixo a maquina utilizada para este procedimento.

Máquina de sangria de freios
Para a realização da sangria é respeitado uma sequencia da limpeza do sistema, onde para os veículos onde não possuem ABS, é iniciado pela roda mais distante do reservatório do fluido de freio, indo até a mais próxima do reservatório, com isto temos o inicio pela roda traseira do lado do passageiro, em seguida pela traseira do lado motorista, depois na roda dianteira passageiro e por fim na dianteira do motorista, finalizando a sangria.
Para inicio do procedimento é abastecido o reservatório da maquina com o fluido novo, em seguida é aberto o reservatório do veículo onde é retirado o fluido velho com o uso de uma seringa.
Em seguida, é conectado a mangueira e a tampa da maquina ao reservatório do veículo para que se possa iniciar a troca. A sangria é realizada pela abertura de uma válvula presente no cilindro de roda, ou na pinça de freio, onde após acionado a maquina, ela injeta sob pressão o fluido de freio novo, expulsando o fluido velho e substituindo pelo fluido novo. É retirado em média 100ml de fluido de cada roda para possibilitar a boa descontaminação do sistema.
          
Na figura acima identifica se na foto, a valvula de sangria em azul, onde geralmente se é utilizado uma chave fixa de tamanho 7 ou 6 para abri la, e na figura seguinte, com auxilio de uma magueira e um recipiente para a coleta do fluido velho no momento da pressurização pela maquina.

CONCLUSÕES

O fluido de freio convencionalmente tem uma validade de até dois anos, porém é recomendado a troca a cada um ano, e uma verificação de contaminação de pelo menos a cada 10 mil km, mas sempre se torna necessário checar o nível e se não ha vazamentos como qualquer outro fluido do seu motor.
Portanto, se você nunca verificou o Fluido de Freio, ou nunca realizou a troca, provavelmente será necessário a troca, principalmente para veículos automáticos, como citado na dica.
Então não seja pego de surpresa, e coloque dentre os itens do check up antes da sua viagem, a verificação do fluido de freio. O procedimento de troca dura em média 30 minutos, e pode ser o tempo que irá garantir a segurança de seu veículo.
Ficou alguma dúvida? Entre em contato com a gente… Estamos no whats app pelo número (19) 98705-0707 ou pelo email contato@autocarup.com.br

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